Entre as consequências do envelhecimento podemos citar as síndromes geriátricas, que progridem a partir dos 60 anos e são capazes de causar dificuldades na vida de pessoas da terceira e quarta idade. 

Entender o que são, como diagnosticar e lidar com as síndromes geriátricas evita que os sintomas sejam tidos como coisas da idade e menosprezados. 

O que são síndromes geriátricas?

Síndromes geriátricas são condições que afetam a capacidade funcional da pessoa idosa de realizar tarefas do dia a dia. Elas dificultam ou diminuem a habilidade do indivíduo de mobilidade, cognição, humor e comunicação. 

Torna-se uma questão a ser diagnosticada para poder avaliar possibilidades de tratamento e oferecer uma melhor qualidade de vida ao idoso

As principais síndromes geriátricas

1) Incapacidade cognitiva

Entre as principais síndromes que surgem em idosos, podemos citar a incapacidade cognitiva. Trata-se da defasagem de um conjunto de funções cerebrais que permitem a execução de algumas atividades diárias na vida das pessoas. O idoso que apresenta incapacidade cognitiva terá dificuldade para realizar algumas das ações abaixo:

  • Armazenamento de informações (dificuldade de lembrar das informações recebidas);
  • Linguagem (dificuldade de compreensão da informação ou de se expressar por escrito e através da fala);
  • Capacidade de localização no espaço (desorientação);
  • Reconhecimento de estímulos visuais, auditivos e táteis.

A incapacidade cognitiva pode surgir por conta de fatores como demência, doenças mentais e depressão. O tratamento para a condição depende do diagnóstico de cada caso, que exige uma abordagem diferente. Apenas o médico pode identificar corretamente. Se notar algum sintoma, converse com o geriatra ou geontologista que acompanha o idoso.

2) Incapacidade comunicativa

A comunicação é uma função fundamental para o ser humano que também pode ser perdida ou reduzida com o envelhecimento. A incapacidade comunicativa diminui a habilidade do indivíduo de estabelecer um relacionamento, trocar informações, manifestar desejos, ideias ou sentimentos. Torna-se uma restrição que causa o comprometimento da tomada de decisões, afetando a independência do idoso.

3) Instabilidade postural

A falta de estabilidade postural é outra entre as síndromes geriátricas existentes que podem atrapalhar nas tarefas diárias. Além de causar o desequilíbrio, que gera o risco de queda, faz com que o idoso restrinja seus movimentos diminuindo a independência do indivíduo. 

 

A queda acontece, anualmente, entre 28% a 35% das pessoas com mais de 65 anos e entre 32% a 42% nos com mais de 75 anos, sendo a sexta causa mortis de idosos. E 60% a 70% dos idosos que já caíram, terão uma nova queda no ano seguinte. Por isso essa síndrome é tão preocupante.

 

Para evitar consequências como dores, lesões e fraturas, é interessante incluir alguns itens de segurança no dia a dia da terceira e quarta idade. Podemos citar as barras de apoio e tapetes emborrachados no banheiro. Também é recomendável retirar tapetes e carpetes que possam causar tropeços, e deixar os utensílios mais utilizados ao alcance fácil das mãos.

 

Apesar do envelhecimento enfraquecer as extremidades inferiores do idoso, não é responsável por si só pelas quedas. Um ambiente seguro e a avaliação constante da marcha evita acidentes. O médico deve fazer esse acompanhamento de forma rotineira. 

4) Imobilidade

Basicamente, a imobilidade é uma condição que deixa o indivíduo com limitação de movimento, comprometendo sua qualidade de vida. O idoso pode estar restrito ao leito ou a uma cadeira, mas estar acamado não significa ter a síndrome da imobilidade.

 

A imobilidade, em geral, apresenta déficit cognitivo, contraturas musculares e uma das condições a seguir: úlcera por pressão, disfagia (sensação de algo preso na garganta), afasia (dificuldade de expressar com palavras os pensamentos), incontinência urinária ou fecal. Os primeiros sinais da síndrome vêm da perda do equilíbrio e da limitação da marcha, que causam medo de queda, fazendo com que prefiram ficar na cadeira ou no leito.

 

Para o tratamento da imobilidade, recomenda-se a ida ao médico para avaliar o início imediato da fisioterapia, que ajudará no fortalecimento muscular. É importante que o quadro de restrição de movimentos seja verificado pelo médico, o quanto antes, para evitar que seja uma condição permanente.

 

Para os casos mais graves é necessário o acompanhamento de um cuidador de idosos em tempo integral.

5) Incontinência urinária

O problema consiste na perda involuntária de urina e é mais comum no sexo feminino, atingindo cerca de 70% das mulheres no mundo

A incontinência urinária pode ser:

  • De estresse: acontece quando há esforço, espirro ou tosse;
  • De urgência: quando é precedida pela urgência de urinar;
  • Mista: ocorre a de estresse juntamente com a de urgência;
  • Por transbordamento: gotejamento ou perda contínua de urina mesmo após urinar.

Entre as principais causas podemos citar o enfraquecimento da musculatura pélvica, bexiga hipersensível, contração deficiente do detrusor, obstrução na via de saída urodinâmica.

 

O tratamento pode ser feito com medicamentos, fisioterapia para fortalecimento da musculatura pélvica e mudanças de hábitos, como ingerir a quantidade adequada de água ao longo do dia. A cirurgia também é uma solução, porém é indicada quando os métodos anteriores não surtirem efeito. Para saber a causa e qual tratamento deve-se seguir, é necessário levar o idoso ao médico.

 

Possui um parente na terceira ou quarta idade com alguma das síndromes geriátricas apresentadas? Conte com a assistência da Rosinhas Cuidadores, uma agência de cuidador de idosos. Nossa equipe multidisciplinar auxilia a trazer qualidade de vida para seu ente.