Você sabia que a terceira e quarta idade são as mais afetadas pela depressão? Além disso, as pessoas nessa faixa etária têm mitos sobre a doença, que dificultam o diagnóstico e tratamento. Esses dados foram identificados por pesquisas do IBGE e do IBOPE com a Pfizer, e acendem um alerta sobre a depressão no idoso.

A depressão é uma doença mental que afeta todos os aspectos da vida, até levando ao agravamento de doenças preexistentes. Hoje tem menos tabu no tratamento, o que possibilita uma vida plena. Se você tem em casa alguém com mais de 60 anos, precisa ler este artigo e se informar.

Tristeza e depressão são a mesma coisa?

Não. A tristeza é uma emoção que passa e está relacionada a perdas e desilusões, ou seja, existe um motivo para sentir-se triste.

Já a depressão, pode vir ou não com tristeza, mas os principais sintomas são apatia e desesperança. No caso de idosos, também pode haver a perda da independência.

Por que a depressão no idoso acontece?

Falando especificamente da terceira e da quarta idade, a depressão pode acontecer por causa do isolamento social e do distanciamento familiar. Inclusive, a pandemia pode ter agravado isso, já que muitos parentes tiveram que ficar afastados para não colocar seus entes queridos em risco.

Além disso, outra causa estudada é a sensação de inutilidade, uma vez que não consegue mais exercer as mesmas atividades de antes, ou mesmo o uso de alguns medicamentos antivertiginosos. A perda de um familiar muito querido e limitações físicas também podem causar depressão no idoso.

A pesquisa do IBGE mostra como a depressão no idoso tem aumentado no Brasil nos últimos anos. Veja no gráfico abaixo os anos de 2013 e 2019 separados por faixa etária.

Depressão Idoso

Depressão no idoso

Como evitar?

A prevenção pode acontecer com pequenos atos dos cuidadores e familiares, mas que fazem muita diferença. Por exemplo, manter contato com visitas frequentes ou mesmo ligações para manter o vínculo afetivo. O diálogo é importante para os idosos.

Incentivar a independência, ajudando com as tarefas simples, também pode ajudar. Além disso, deixe-o participar das decisões, mesmo que ele não possa fazer, pode opinar. Assim o idoso sente-se integrado. Atividades que ocupem o tempo durante o dia também ajudam a trazer propósito e sentido para a vida.

Como identificar?

É necessário um olhar atento do cuidador para identificar comportamentos e diferenciar entre mudanças de humor relacionadas a idade e sintomas de doença mental. Listamos abaixo alguns dos sintomas possíveis:

  • Dor no corpo;
  • Perda ou aumento do apetite;
  • Irregularidade no sono;
  • Confusão mental;
  • Recusa de ingestão de medicamentos;
  • Falta de vontade de conversar;
  • Acessos de raiva ou violência;
  • Palpitações;
  • Apatia;
  • Falar de morte o tempo todo;
  • Quedas constantes;
  • Autodesvalorização ou pensamento negativos;
  • Desânimo.

Além disso, um histórico de depressão quando jovem também pode ser um alerta de depressão no idoso.

Como tratar?

A terceira e quarta idade conta com doenças comuns da faixa etária, por isso é importante ter uma equipe multidisciplinar no caso. Entre os tratamentos temos terapia ocupacional, psicoterapia e intervenção psicofarmacológica. Além disso, também pode contar com atividades físicas, de lazer ou artísticas. O objetivo é estimular processos químicos do corpo que podem auxiliar na melhora do quadro.

Vale frisar que qualquer tratamento de depressão no idoso deve acontecer com acompanhamento médico e sob nenhuma circunstância ser feito por conta própria. Cada indivíduo vai responder melhor a um conjunto de práticas e o histórico médico precisa ser analisado para escolher o melhor caminho. Por isso, converse com um psicólogo ou o geriatra, caso identifique os sintomas.

Por que é difícil diagnosticar e tratar depressão no idoso?

Segundo a pesquisa Depressão, suicídio e tabu no Brasil: um novo olhar sobre a saúde mental, do IBOPE com a Pfizer, ainda existe muito tabu sobre a depressão na terceira e quarta idade. A pesquisa entrevistou mais de 2 mil pessoas com mais de 13 anos nas regiões: Porto Alegre, Fortaleza, São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

Para 30% dos entrevistados com mais de 54 anos, a depressão não é uma doença, mas uma questão de falta de fé. Já para 18% desses, é apenas um momento de tristeza e não acreditam em sintomas físicos. Isso dificulta o diagnóstico, mas principalmente o tratamento. Afinal, para essas pessoas, psicoterapia ou o uso de medicações para doença mental não são uma opção.

Se você convive com um idoso que pensa assim, será necessário conversar muito com ele e com os médicos envolvidos, de forma a encontrar o melhor caminho para o tratamento.

Na Rosinhas Cuidadores temos profissionais que podem acompanhar e ajudar o idoso durante todo o tratamento. São cuidadores treinados e especializados para tornar a vida da terceira e quarta idade a melhor possível. Entre em contato e entenda como podemos ajudá-lo!